quarta-feira, 22 de fevereiro de 2012

Mesmo sem dizer




O olhar que me ludibria.
O encanto que se revela, em cada traço.
A careta, enquanto dormia.
A vontade de me perder num eterno abraço.

De prazer te fazer sorrir.
E medir o contorno inconstante de nossas mãos.
E jamais te deixar partir.
Perceber que os momentos de ardor nunca foram vãos.

E significaram mais do que apenas toque.
A julgar pelo seu jeito irritadiço, ao sair da cama.
Às vezes, depois da transa, quão o meu choque.
Ao ver você, entre lágrimas, dizer que me ama.

E então eu lhe devotava todo o amor, mesmo sem dizer.



4 comentários:

pessoas criticaram o poeteiro