terça-feira, 7 de fevereiro de 2012

E deixo que o passado entre









O chão rachado e avermelhado daquele quintal.
A escada, antes da rampa.
A delícia que é a nostalgia.

O quartinho de quinquilharias.
O pé de jabuticabas.
O medo das cobras-cipó.

Infância.
No quintal de minha avó.

O terror dos pivetes na praça.
Eu era realmente um cagão.
Mas gostava disso.
E isso traduz muito do que sou hoje.
(risos)

Jogar garrafas vazias no telhado da casa.
Pra depois velas cair, em estardalhaço.
Libertador!

Brincar de carimbos na casinha da madrinha,
que a nós, era um mundo!
Que vastidão!

A proximidade inexplicável com meu primo
cinco anos mais novo.
E hoje temos mais similaridades do que pensei.

Brincar de dar susto.
Os risos.
As brigas.
A delícia do desculpar.

Por que foi que não nasci Peter Pan?





4 comentários:

  1. Ah que singelo! Realmente uma captura da ternura e da meiguice do passado nas memórias dos seres humanos!

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  2. Nossa, que cuti cuti!! Deu vontade de apertar vc e fazer bilu bilu tetéia depois que li seu comentário! kkk

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  3. ... de fato 'ternura e meiguice' seja lá as melhores definições...'' é aquele tipo de saudade que não morre nunca, lindo lindo isso'.

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  4. Com certeza... e quando escrevi isso, eu tava muuuito nostálgico rsrs

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