quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

PECADORES



Nus.
Deitados na relva.
E o céu como grã-testemunha da nossa paixão.
As estrelas voyueres brilham, maravilhadas,
enquanto contorcemo-nos de desejo.


E a noite se vai.


Os raios do sol iluminam suas nádegas lindas.
Me ponho a roçá-las.
Desenhos de deus que há muito alimentam meus sonhos.
São minhas agora.
Deixai-me provar delas de todas as formas!

Entregues, na plenitude do gozo fremitante.

E que deliciemo-nos um do outro.
E que morramos de amor.

Juntos

OS DOIS.

segunda-feira, 21 de fevereiro de 2011

...tsc tsc..



Não tenho mais nada a lhe dizer.
Nem a você, nem a ninguém que lhe lamba as botas.
E não venha mais me aborrecer.
Não quero mais saber das suas mentiras idiotas.

Foi você mesmo quem acabou com tudo.
Conseguiu detonar com dinamite
o mais seguro dos fortes.
Meu coração.

Agora, lhe asseguro:
É seguro que já não sinto mais nada.

Até o desprezo e o asco se foram.
Vá com eles, pelo amor de todos os deuses!
E até nunca.

quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Algo reticente



Tu me ensinaste a olhar nos olhos.
Só é uma pena que me viraste a face pouco tempo depois
de vergonha de seus atos desmedidos.

Sei bem que aquele amor já não existe mais.
Não sei como exatamente, mas conseguiu-se dar cabo dele.
Sei também que já não existe a antiga raiva.
Nem tampouco a mágoa.
Apenas um sentimento reticente.

Seria arrependimento?
Ou seria somente enfado, por não alcançarmos juntos o júbilo?
Não o sei.

O que sei é que ainda agora acabo de recolher meus pedaços.
E já até encontrei alguém que os cole.
Mas ainda me continuam a atormentar as reticências irritantes.

...

Até quando mais?

terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

O momento em que tu vieste



Dai-me teus olhares curiosos.
Dai-me tua voluptosidade.
Dai-me teus motivos furiosos.
Dai-me com carinho e com vontade.

Teus beijos amanhecidos.
Teus braços enrijecidos.
Teu peito a roçar minhas costas.
Enchendo-me de carinho.
Mostrando-me o caminho.
Desvendando as respostas.

E saiba que meu sorriso é todo seu.
Assim como a branca nuvem é do véu celeste.
Perceba que o meu temor se recruscedeu
ao se agradar do momento em que tu vieste.

Em que tu vieste ser meu.

Pra sempre meu.

Meu querido.

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

O vórtice da lágrima.




Se sentes tão bem me ferindo!
Pensas ser tu o rei do mundo,
insensível às decepções e às agruras da vida sentimental.

Cabe a mim aqui lhe avisar:
Auto-confiança acaba.
Ninguém é, pra sempre, auto suficiente.
Ninguém vive sozinho.

E quem se acostumou com a carnificina
muito dificilmente se desapega desse vício.

Você machucará outros.
Outros se afastarão também.
Todos se afastarão.
E aí sim se sentirás ferido.

Será mesmo que é amor o que me diz que sentes?
Se é mesmo que não me disse isso apenas por dizer.

Acho que o que sente é outra coisa.
Raiva por não conseguir se entregar por inteiro, como faço.
Raiva por não conseguir amar ninguém.
Ou nada além do que vê refletido no vidro polido do espelho.

Continuas então a agir da maneira que acha que deve.
Finja estar indiferente.
Faça a cena de não se importar.
Aproxime-se de meus vários antigos amantes.

Mas se pensa que com isso despertará meus ciúmes, mera tolice!

Apenas o que se acumula em mim é a mágoa.

Ainda espero por seus pedidos de desculpas.

Só não sei até quando mais.

terça-feira, 1 de fevereiro de 2011

Falso Silogismo




Tu acreditas no que queres.

Tu não acreditas em mim.

Será então que não me queres?

Falso silogismo?