terça-feira, 24 de agosto de 2010

Pequena conversa entre primos


- Luiiiiiiz Gustaaaaaaavoo, vooocêêê faaaaalaaaa baaleeeieês??


- Ué, Zenrique, depende...


- Deepeeendee doo queê?


- Depende, ué. Você fala??


- Eeuu faaloo.. rsrs


- Ha é mesmo... ...toda baleia fala baleiês.. kkk


-Hum! Então se for assim você fala viadês.. hump!


- Ha! Hshuahshuahshua. Quer dizer então, se for assim, que você é poliglota! Kkkkk!!


(E eu, nessa hora, dou aquela minha gaitada básica.. rsrs)

quinta-feira, 12 de agosto de 2010

Despudorado


Quero me entregar por inteiro.

Quero poder olhar pra você

e poder perceber que é meu porto seguro.


Quero te agarrar no banheiro.

Quero te beijar mais mil vezes,

cometer atentados por detrás dos teus muros.


Te tocar com aspereza.

Revelar sutilezas.

Me entregar aos carinhos.

Me despir da nobreza.

Te despir, com certeza e

te mostrar os caminhos


Te provocar delírios.

Me entregar, aos gemidos.

Me fazer todo seu.

E morrer de prazer.

Me deixar envolver

com você, meu querido.


Façamo-nos, então, entregar um ao outro, de bom grado.

O recato dos deuses e a volaticidade dos demônios


Queria que essa angústia fosse embora.
Que as incertezas todas se fizessem inexistir.
Que a minha insegurança não fizesse consumir
o encanto virginal que sinto por você.

Queria ter você comigo agora.
Que toda essa distância não existisse mais.
Poder te olhar nos olhos, e então sentir-me em paz.
Poder sentir-me livre da dor, que é a saudade.

Só fico a imaginar o nosso encontro.

Que é quando nossos corpos se tornarão um só.
Que é quando minha garganta desatará o nó,
ao se entregar num beijo, que é o signo do amor.

Só fico em devaneios e confrontos.

Me perco na lembrança do que ainda não vivi.
E quero, com esperança, poder fazer-lhe rir,
gozar de então, ser pleno, comigo, meu amor.

Te espero, com todo o recato dos deuses
e a volaticidade de todos os demônios.

Eu te amo.

terça-feira, 3 de agosto de 2010

E se...


E se eu não quiesse mais viver?

Não por odiar a minha vida,

mas por odiar viver assim.

Por odiar viver num mundo

que transborda-se em ódio

e me faz sentir ódio de mim mesmo?


E se eu não quizesse respirar?

Se não quizesse aspirar esse ar fétido

que é o vento que faz girar

a hélice do consumismo?


E se eu quizesse desistir

Desistir de encorajar covardes

a lutar por seus direitos?


E se eu não quizesse mais sorrir?

Se não quizesse mais gozar dos "benefícios"

da imagem e da beleza?


Se assim o fosse,

não saberia eu que

por trás de toda essa podridão

haveria um lugar pro amor

e um amor a esperar.

Toda a magia do felicitar


Parece que enfim descobri

a fórmula mais proxima daquilo

que convencionou-se chamar de

FELICIDADE.


Saber cativar amigos.

Amá-los, e perdoá-los,

ciente de suas particularidades.


Permiti-se sonhar.

Parmitr-se realizar sonhos

e chorar pelo fracasso de alguns.

Afinal, depois da tristeza,

quando nos deixamos extravazar,

sempre vem uma resenha feliz.


Dar-se a certos exageros de vez em quando,

mas certo de que o recato também nos traz bons humores.


Deixar-se amar por completo,

qualquer que seja a maneira,

e despindo-se das pré-noções.


É aí, a meu ver, que se encontra

toda a magia do felicitar.

Sim! É dada a hora!



Não é tão fácil entender o mundo.
Quando páro pra pensar, às vezes me entristeço.
A única coluna que me sustenta
é a lembrança nostálgica de tempos que não vivi,
mas sinto saudades de me contarem.

Tempos em que um bom dia acalentava qualquer mau-humor.
Tempos nos quais a idéia mais plena de felcidade
era ir à pracinha comer algodão-doce,
se deleitar em um banho de chuva,
ou até mesmo paquerar, ao luar.

É uma pena que hoje isso seja quase finito.

Nos tempos de hoje, que vejo como os do exagero,
parece impossível associar o prazer à sutileza.
Hedonistas que somos, buscamos prazer em todos os atos.
Mas esquecemo-nos que essa satisfação
pode vir a entristecer a vida de outrem.

Não pequemos pelo exagero
a ponto de nos dispormos
a vender nossa alma ao cão!

Não o cão bíblico.
Não o tinhoso desprezível,
mas sim, o cão detestável do capital.

É hora! Sim, já deu-se a hora!
De pisarmos bem fundo em nossos freios,
deixando de agir por prazer
e guiando-nos pelo alter.

É dado o momento.

Amando-te, de um jeito infinito


Escrevo-lhe este poema pra que te lembres do nosso amor.

Pra que te lembres do fundo do coração, do mais íntimo teu,

dos sentimentos que lhe devotei, com loucura, paixão e furor

e dos momentos nos quais toda e completamente você foste meu.


Quando os seus olhos os meus encontravam

eu então via o rascunho do céu.

Quando seus lábios com os meus se roçavam

eu me entregava ao deleite do mel.


Quando tua íris brilhava em meus sonhos

eu poderia bem mais que voar.

Quando eu chorava, em momenos tristonhos

você me alegrava e fazia-me amar.


O toque inebriante e vital do seu corpo

me faz descabido e me sinto tremer.

E então me visto de um desejo louco.

Num só relance, me deixo ceder.


Amando-te, de um jeito infinito.

Haaaaaaa!


Tanta desolação pelo caminho!

Tantos pássaros minguados, perdidos na eloquência do tempo!

E árvores a queimar, ares sem respirar, pulsos dilascerados!

Quero mesmo que o mundo acabe, a mim, antes de ser engolido pela podridão.