terça-feira, 24 de julho de 2012

Importa?*






Meu pai me perguntou: “Você é gay?”
Eu perguntei a ele: “Importa?”
Ele disse: “Não, não realmente...”
Eu disse a ele: “Sim, eu sou.”
Ele disse: “Fora da minha vida!”
Creio que ele se importava.

Meu chefe me perguntou: “Você é gay?”
Eu perguntei a ele: “Importa?”
Ele disse: “Não, não realmente...”
Eu disse a ele: “Sim, eu sou.”
Ele disse: “Está despedido!”
Creio que ele se importava.

Meu amigo me perguntou: “Você é gay?”
Eu perguntei a ele: “Importa?”
Ele disse: “Não, não realmente.”
Eu disse a ele: “Sim, eu sou.”
Ele disse: “Não me considere mais seu amigo!”
Creio que ele se importava.

Meu companheiro me perguntou: “Você me ama?”
Eu perguntei a ele: “Importa?”
Ele disse: “Não, não realmente.”
Eu disse a ele: “Sim, eu te amo.”
Ele perguntou-me: “Posso te abraçar?”
Pela primeira vez na minha vida algo importava.

Deus me perguntou: “Você se aceita?”
Eu perguntei a ele: “Importa?”
Ele disse-me: “Sim, importa.”
Eu respondi: “Como posso me aceitar, se sou gay?”
Ele disse-me: “Pois foi assim que eu o fiz.”
Desde então, somente isso me importa.


*Texto de autoria desconhecida