Às vezes nossos humores não são dos melhores.
Às vezes acordamos de ovo virado.
O dia fica “zicado”.
E a lei de Murphy se faz confirmar bem mais do que deveria.
Em dias como esse, não se preocupe.
Todas as quinas de sofá encontrarão seus dedinhos.
Os chinelos ficarão inalcançáveis em baixo da cama.
E aquele deus grego vai aparecer na sua casa,
exatamente no momento em que relaxas sua cútis facial
com creme de pepinos.
E nem adianta xingar o diabo,
ou o caralho do cão da gota serena.
Há dias em que, literalmente, nossos anjos da guarda parecem ter tirado folga.
Não conseguimos pensar em nada o que fazer, a não ser esperar que logo terminem.
Mesmo com a tampa da pasta de dente caindo no ralo da pia.
Sua carteira brincando de “gato mia” com você
(vide a sutileza do detalhe de que ela não sabe miar).
E os passarinhos vendo nos seus cabelos
o supremo paraíso da evacuação.
Brindemos, então, com fina ironia, aos dias de desventura.
E que não enlouqueçamos, com a infinitude de suas horas.
Caramba! Quê isso! Que ápice do pessimismo! Apesar da minha enorme curiosidade de saber o que o levou a escrever isso, adorei a intensidade. Você realmente potencializou tanto nessa poesia que... nem sei o que dizer... genial.
ResponderExcluirNão aconteceu nada de muito aaaaaaaah, meu deus...
ResponderExcluirTava de bodinho c uma história aí. Rs