Com a precisão mais ínfima.
Com a mais certa das incertezas,
ponho-me, aqui, a discorrer sobre o amor.
E o que ele é, senão
a mais misteriosa manifestação do humano,
que tenta, com pouco sucesso,
coisificar o que é sentir?
O que é sentimento.
O que é pele.
O que é sentimentopele.
O que é posse.
O amor, a meu ver, é o mais egoísta
de todos os sentimentos.
Se tenho a quem amar, sou mais que sorrir.
Se não, me acabrunho em um ensimesmamento,
numa sensação gigantesca e inquietante de incompletude.
Mesmo que eu vista uma falsa armadura,
tentando convencer as outras pessoas do contrário.
Posso viver muito bem, sem ter a quem odiar.
Ou a quem invejar.
Me apiedar.
Mas sem amar...
...sem poder amar, eu pouco seria.
Vês?
É mesmo impossível falar sobre o amor
numa lógica racional.
Já estou eu a começar a sentir os "Huum... ...ahh" (suspiros) por dentro.
Não deve ser à toa que
tenho a mais nítida impressão de que
essa foi minha tentativa mais frustrada de escrever sobre algo.
Com certeza o amor não foi feito pra ser pensado.
"... somos a soma de incontáveis afetos... todos, pedindo passagem..."
ResponderExcluiràs vezes por algum inconveniente somos tomados pelo medo do encontro com esses afetos... e instauramos a condição humana de estranhar aquilo que te faz sair do lugar... da sua zona de conforto...
talvez a palavra, um pouco de tinta, um brilho...
talvez uma paisagem, uma corrida em volta do quarteirão...
talvez uma nota tirada do violão
talvez o meu coração... estranho... condição... ponte...
talvez você...
a chuva
o vento
o suporte
o desejo
a soma
os afetos...
a passagem...
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