quarta-feira, 31 de agosto de 2011

A graça da lembrança e a dor da espera



Frederico não suportava mais a distância de Clarisse.
A bela dama deixara um retrato esplêndido,
e se fora,
entusiasmada com a idéia de dar a volta ao mundo num veleiro,
com seu irmão pesquisador.

Frederico não sabia mais como viver sem seu amor proibido.
Até mesmo sua esposa, Catarina, percebera sua mudança.

- Porque ostentas esse olhar tão vago, meu amor? - ela questionava.
- O que disse, mulher? - respondia ele, despertando de sua viagem nas lembranças.
- Você. Parece-me a dias estar com a cabeça no mundo da lua.

Não, no mundo da lua. Sim, no mundo de Clarisse.

Donatela, irmã e cúmplice de Frederico, e delicada feito um dragão de Komodo, dizia-lhe:

- Firma-te homem! Não vais perder a vida por conta de um rabo de saia!

Mas não era um rabo de saia. Era o rabo de Clarisse. Ele, e todo o resto de sua miragem.
Que inundavam o peito de Fred.
Com a graça da lembrança e com a dor da espera.

2 comentários:

  1. Estou na torcida pra que o Frederico se separe da Catarina pra ir atrás da Clarisse.

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  2. hehehehe,
    Isso se Clarisse não encontrar no caminho com os Lusíadas da pós-modernidade e se apaixonar por Luís Vaz de Camões XIII, neh? Rsrsrs

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