Procurando rimas, descobri
que nem sempre uma mesóclise é cabível.
Meneando formas, percebi.
O tal pretérito perfeito é horrível.
Busquei no mais-que-perfeito o porquê.
E o maior dos porquês foi a perfeição.
Mas me irritei intensamente ao saber
qual é o vocabulário da erudição.
Um poema erudito se desenha
recheado de grotescos palavrões.
Vocábulos estranhos, inimagináveis.
Nunca caberiam em refrões.
Quase me magoo em poesia.
Quase a poesia me magoa.
Recobro o orgulho e a alegria
ao saber o que um poema ecoa.
Ecoa emaranhados de lembranças.
Ecoa muito mais que verbos e pontuação.
Ecoa, na memória, idéias de criança.
Ecoa, num só lance, em alma e coração.
Por isso é que. aqui, me desapego da métrica.
Por isso é que, agora, me desvencilho da rima.
Por isso, num intuito, crio neologismos.
Ais-que-ais de uis-que-uis de narcisites.
Por isso é que amo a poesia.
Ah, tá, então os poemas seus que eu não entendo são uma categoria! Eu não tinha percebido. Esse é um deles. Isso é metalinguagem? Que vc tanto usou e usou tão bem nesse poema?
ResponderExcluirHuahuahua. Vc num tem noção do quanto eu ri aqui no laboratório, agora...
ResponderExcluirhehehehe.
Vc é que enxerga coisas em mim, q nem eu mesmo, hehehe...
Mas hein. Curto muito metalinguagem. Dá pra se explorar muito das regras da língua portuguesa, poesificando essa joça toda, hehehe...
Se o resultado tem sucesso, isso já não sei, mas eu tento...