segunda-feira, 6 de abril de 2009

E sigo amando


Que aventura estranha é o amor!

Desventuras vividas em série

em troca de um minuto, um olhar,

um lampejo, um brilho nos olhos.


Que aventura estranha é o amor!

Enfrentamos dragões e bestas ferozes.

Degladiamos nossas almas,

e ainda não é o bastante.

É necessário nos entregarmos por inteiro ao outro.


Que inconsequência imensa é o amor!

Não importa o quanto machuque.

Não importa o quanto corrôa.

Importa apenas que o outro esteja feliz.


Que inconsequência imensa é o amor!

Na busca pelo eterno prazer,

na busca pelo eterno ardor,

nos perdemos de algo importante: o amor próprio.


E é nessa perda que tudo se acaba.

É nessa perda que tudo se esvái.

Pois quando nos vermos sozinhos,

quando a recíproca deixar de ser verdadeira,

a quem amar?


Aliás,

quem foi mesmo que inventou o amor?




2 comentários:

  1. impressionante! eu não tenho muita certeza, pois tenho memória fraca, mas me parece q essa é sua melhor poesia até agora. amei demais. concorre a ser a melhor.

    tem uma série q eu amo chamada One Tree Hill (Lances da Vida) q passa no SBT. Ela tem umas "poesias" lindas, q eu sempre achei inalcançáveis para mim, mas vc chegou no nível em que ele (o(s) escritor(es))está(estão)!

    Ah, e eu notei a referência à série de livros/filme(s) Desventuras em Série.

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  2. Hehehe...
    Pois é...

    O nome do filme se encaixou perfeitamente...
    E pode ser que tenha a ver com o enredo do filme, também...

    ...no que se refere ao amor do tio verdadeiro dos órfãos...

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