Escrevo essas memórias pra falar de mim.
Pra falar o quanto fui extremo ou submisso.
Mesmo que doa muito tem que ser assim.
Pra eu ter segurança em lidar comigo.
Escrevo em entrelinhas, não em linhas tortas.
Explico o quão repugnante outrora me senti.
Mesmo sabendo que nessas palavras mortas
não cabe um milionésimo do que vivi.
Do que vivi, e, porventura, ainda vivo.
Além do meu alcance se encontra o domínio.
Por trás dos labirintos dessa psiqué
guardo armas capazes de grande extermínio.
Extermínio de mazelas.
Extermínio de visão.
Extermínio da doçura
e do coração.
Extermínio da coragem.
Extermínio do querer.
Extermínio do recato
e do verbo poder.
Em um mundo, entre dois pólos
minha vida se divide.
Em um só lance de olhos,
ora choro e ora vibro.
Deixo então, em manuscrito
o que sinto e como faço
pra dominar, em conflito
o que me parece fado.
Pra poder olhar nos olhos
de alguém sem questionar
se exagero ou se reprimo.
Se sou capaz de sonhar.
E então saber se posso
sim ou não ficar feliz
por saber que por detrás de todo esse poço de insana vivacidade
se encontra um eterno aprendiz.
Muito subjetivo.
ResponderExcluirPoético até não poder mais.
Mas incompreensível pra mim.
Agora, se eu não me engano, tem umas partes bem pra baixo e, se isso tiver a ver com você... você submisso?! Até parece!
Você é praticamente um empregado cometendo insubordinação e criando uma revolução armada contra o governo!
Huahuahua!!!! Nossa legal isso... "empregado cometendo insubordinação e criando uma revolução armada contra o governo" Kkk.
ResponderExcluirPode até ser, mas, esse insubordinado aki jah passou por vários momentos de submissão, hehehe...
Valu PJ!!!