terça-feira, 14 de abril de 2009

Lusco-fusco


Quando eu rio, sinto gargalhar.
Quando eu choro, me sinto afogar.
Quando eu tremo, me sinto vibrar.
Quando me esqueço, me sinto acabar.
Quando eu suo, é pra derreter.
Quando eu durmo, pareço morrer.
Quando não quero, me faço esquecer.
Quando me aflijo, quero não mais ser.
Quando eu danço, me sinto fluir.
Quando não penso, penso inexistir.
Quando eu erro, quero desistir.
Quando acerto, sou mais que sorrir.
Quando me amo, pareço me opor.
Quando te amo, me aqueço em ardor.
Quando amamos, sentimos pavor
de então haver finitude no amor.
Por isso, me acho num mundo incerto.
Mas não mais incerto que o mundo de alguém
que apavorado em não fazer certo
se vê não vivendo, se faz de refém.
A minha incerteza é aquela que abala
a todos aqueles sozinhos no mundo.
Sozinhos por não serem compreendidos.
Podem apagar-nos a qualquer segundo.
Por isso me faço e sou, puramente
um ponto vivente no amanhecer.
Um ponto que espera, tão intensamente
que a força do amor faça então renascer.
Renasça das cinzas, perfeição sonhada!
Renasça do fogo, amor em crepúsculo!
Renasça a vida, que, se mal gozada
parece acabar, como num lusco-fusco.

2 comentários:

  1. Ta querendo dizer q vc não entendeu? Huahuahua...


    Mas as vzs ateh eu não entendo muito bem o q quiz exatamente dizer, mas é que na hora sái... hehe.

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