Peguei em suas mãos como se isso fosse um crime.
Pesquei todos seus olhares.
Segui seus passos.
Velei seus sonhos.
Me entreguei completamente a todos os delírios.
Deixei-me ficar no chão.
Retorci-me me posições.
Fremitando de desejo.
Desejo que se recheava em amor.
Amor que se desenhava em momentos.
Cumplicidade, amizade , companheirismo,
tidos como traços de um crime vil.
Será proibido amar, como todos lá fora amam?
Será proibido gozar, como todos também gozam?
Sozinho, desejo, em flor, que o fruto se sustente.
E não se deixe cair, com o duro e cortante vento.
E aliso os seus cabelos tão macios e cheiorosos.
Brinco com seus lábios, sinto-lhe o hálito fresco e envolvente.
E de novo os ais .
E de novo o tremor.
E de novo o suor.
De novo tornamos a nos entregar
numa reciprocidade invejável
e sintonia precisa,
como nos grandes banquetes.
E assim,
depois de deliciados pelo néctar divino,
sentimo-nos energizados
para enfrentar todas as mazelas,
criar poemas e vencer guerras
contra os isentos de amor.
Seu melhor.
ResponderExcluirVocê continua se superando.
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