segunda-feira, 9 de março de 2009

Amor Descabido

Quando eu te vi passar
as trevas fizeram-se luz.
Quando pesquei seu olhar
e no seu pescoço uma cruz
Me apaixonei, perdidamente.
Se eu fosse rei, com certeza
você seria minha rainha.
Quando falei com você
palavras não cabiam mais.
Meu corpo era todo tremer
e o coração não dava paz.
Me entreguei, desisti.
Te encarei, e disse:
"Minha rainha, por favor seja minha!"
E do nosso reino se fez maravilhas.
O bobo da corte esbanjava alegria.
E nas catacumbas do escuro porão
não haviam presos, não haviam não.
Não mais chorei, não tive náuseas.
Não me irritei, medi palavras.
"Linda rainha, flor do poente,
fique comigo, eternamente."
E então nosso quarto virou um harém.
Com duas pessoas, não há mais ninguém.
Pois quando se ama, de um fazem milhares.
Promessas, desejos, relances, olhares.
Linda rainha, és, então, minha.

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