quarta-feira, 10 de julho de 2013

Amor de Natureza



Observando as gaivotas, que circundam as nuvens, no ar
Recordo do zigue-zague. Das idas e vindas de nosso namoro.
Enquanto elas não avistam uma árvore firme, para pousar
Permanecem alheias, no céu, perdidas, sem rumo, pertinho do choro.

Assim fomos nós.
Nosso sentimento se fez pousar num galho seco.
Pouco firme.
Pouco forte.

O sol já havia ressecado suas folhas.
Descascado o seu caule.
Secado com sua seiva.
A seiva do amor.

Nosso amor, pouco a pouco, foi ficando podre.
Foi virando húmus.
Mas um húmus infértil.
Um húmus que não aduba.
Um húmus que não recicla.
Que não traz vida de volta, não fabrica flor.

Alguém aí conhece um bom agrônomo, pra cuidar de coração?

2 comentários:

  1. Gostei do tema desse seu poema. É bom que experiências novas tragam coisas novas para a arte, mesmo as experiências que não se gostou de viver.

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  2. É. Disse, repito, e irritantemente saliento: os ápices de emoção são ótimos pra aguçarem a minha criatividade.

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