segunda-feira, 30 de novembro de 2009

Que não me ouçam os elfos



O vento seria pouco.
Seria pouco o vento eu dar-te.
Tão magnânimo se faz seu respirar!

As nuvens seriam pouco.
Seriam pouco a dar-te.
Quão singela se mostra a opacidade de seu olhar!

As flores seriam pouco.
Não lhe daria apenas elas.
Seria um insulto a seus lindos cabelos.
Tão perfumados e sedosos o são!

As águas seriam pouco.
Tão pouco, ao se comparar
com a vivacidade transposta em seus gestos.

Espero que, então, te contentes com menos.
Pois se o vento, as nuvens, as flores e as águas nada são,
ao compararem-se a ti, o que sobra a mim?

Sobra apenas minha completa entrega.
Que o vento e as flores me perdoem.
E também as águas, e também as nuvens.
E também os elfos.
Prefiro me entregar a ti.
Tão perfeita se mostra sua natureza esplêndida!

2 comentários:

  1. Bravo, bravo, bravíssimo!

    Seria pouco qualquer elogio meu.

    Perfeito seu poema! Entendível, conciso, original, enfim, perfeito de todos os pontos de vista!

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