terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Regresso



E eis que, finalmente ressurge o poeta de outrora.
Aquele trovador apaixonado, que irradia lampejos d'alma, em forma de palavras.
Aquele enaltecedor dos amores puros.
Acalentador dos corações inseguros.
Senhor de todas as paixões.

Quero que tua palavra me queime.
Quero que teu fulgor me atice.
Quero teus versos, de amores proibidos,
acendendo em mim
o fogo dos mais devassos amantes.

Quero tua letra pura, e tua letra desavergonhada.
Num ato só.

E o interpretar de tuas palavras. Fazer-me desejar, através delas, teu sexo e teu coração.

Quero o reacender de teu clarão.

Bem vindo de volta, poeta amado.

E que me brinde pra sempre, com teu gozo de escrever.

domingo, 1 de junho de 2014

Convite



Talvez você venha, Felicidade.
Talvez você venha, e me mostre que há novos caminhos.
Talvez você venha, pra que eu perceba que não estou sozinho.
Talvez você venha, e eu me conceba completo outra vez.

Talvez você venha, Felicidade, e dispa-me os erros.
Talvez você venha, Felicidade, e balance o marasmo.
Talvez você venha, Felicidade, e me faça cócegas.
Talvez você venha, Felicidade, e seremos próximas.

Talvez você venha, e traga outro amor.
Alguém pra ser meu.
Talvez você venha, e arranque a dor
de alguém que morreu.


E se alguém morreu, ó Felicidade, foi o amor a mim.
Se alguém morreu, ó Felicidade, deu-se então o fim.
Se alguém morreu, foi por estar tão longe de ti.

Talvez você venha, Felicidade.
Abraça-me aqui.

Talvez você venha, Felicidade.
Só quero sorrir.

Talvez você venha, Felicidade.

FELICIDADE

FELIZ IDADE

Queria então, poder morrer feito Peter Pan.

quarta-feira, 28 de maio de 2014

Esconderijo




Fechar os olhos.
Ás vezes, calar a dor.

No titubear,
No pensar outra vez,
Contar até 3.

Encarar a verdade, até que pode ser bom.
Mas evitá-la, pode também não ser destrutivo.

E a paz interior aos poucos, vai lhe envolvendo.
O comichão diminui.
O inchaço no peito desaperta.

Até que um dia, a tal verdade maldita já nem dói mais.


segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

RAIO!






Trata-me, como te trata o majestoso sol.
Me dê viço com o raio de teu beijo.
Doure minha pele, com besteiras ao pé do ouvido.
Me queime, com feroz excitação.

E deixe que nos envolvamos, sem filtros.
Que nosso tempo nunca nuble.
E que bons ventos nos acalantem, depois do gozo.

Não sou teu Hélio, mas sou teu José.
E quero teu centrismo.
Quero que me inebrie com a luz de teu existir.

Pra sempre, seu.
Em volta de ti.
Nosso amor, num ritmado movimento de translação.


sábado, 4 de janeiro de 2014

Um pequeno poema pra um pequeno amor



Tenho pensado em você.
Tenho pensado em nós dois.
Tenho pensado no antes
e no que se deu depois.
Tenho pensado no amor.

Tenho pensado em seus olhos.
Tenho pensado em seus beijos.
Tenho pensado em promessas
e em todos os desejos.
Tenho pensado, e fraquejo.

Você não precisava ter me hipnotizado, com um mirar tão doce.
Você não precisava ter me dito que eu seria o seu primeiro namorado.
Você só precisava me dizer que ainda não estava preparado.
Você não deveria ter me enfeitiçado,
pra depois fugir.
Fugindo de si mesmo, a me fazer refém.

Não nego.
A pressão é enervante, eu sei.
Chega a ser enregelante, nunca o neguei.
Mas bem sabes que estendi-lhe a mão.
Te esperaria mesmo sem razão.

Motivado pela única promessa do teu beijo, outra vez.




quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Num ato só



O momento da nudez.
O momento em que despimo-nos de nossas roupas, e de nossas vergonhas.
O momento em que esquecemo-nos de todas as nossas verdades enfadonhas.
O momento em que somos corpo.
E queremos corpo.
O momento de nossos deliciosos suspiros lascivos.

O momento em que minha boca resvala em seu queixo, ardilosamente.
O momento em que suas mãos arranham minhas nádegas, libidinosamente.
O momento no qual enlouqueço, ao senti-lo pulsar,
na grandiosidade de seu baixo ventre.

E o que mais quero nesse momento é poder degustá-lo, com minha língua.
Quero mesmo fazer de meus lábios teu eterno aconchego.
Quero que me sintas por completo.

Sujo e angelical, num ato só.
Um pervertido de escrúpulo menor.
Um homem apaixonadamente entregue, e só.

Ademais, quero apenas me prender no emaranhar de seus cabelos.
Sentir o viço de teu corpo jovem, ombros nos ombros.
Teu umbigo no limite inferior de minha coluna cervical.

Uau!

E que o gozo seja pleno. E que nos vicie.