sábado, 3 de agosto de 2013
Repente
Pra poesia vingar
Você vai ter que rimar
Os tambores a rufar
O jogo vai começar
Não adianta, nem vem
Rimo neném com vintém
Se perguntar pra alguém
Nunca perdi pra ninguém
Se eu tô no mundo da lua
A culpa é toda sua
Se ficaste toda nua
Bem peladona na rua
Desculpa, é piadinha
Não gosto de bacurinha
Gosto da apertadinha
Deliciosa rosquinha
O meu negócio é "homi"
Disso, não morro de fome
Se paro, fico insone
Feito bebê que não come
Mas vamos mudar o papo
Não tenho língua de trapo
A sua boca eu tapo
Feito balaio de gato
Com minha língua matreira
Ensaiei semana inteira
E não me vem com bobeira
Te ganho em qualquer feira
Na terça, quarta ou quinta
E não me venha dar pinta
Se tu não quer que eu minta
Rimo como faço finta
Acho melhor eu parar
Senão você vai chorar
As lágrimas vão rolar
Seu coração machucar
Mas admita, ganhei
Das palavras sou o rei
Não sou modesto, eu sei
Nesse universo me achei
As palavras me fascinam
Me despertam, iluminam
Ainda mais quando rimam
Os jogos nunca terminam
Já não consigo parar
Um maluco vão me achar
Chego a me excitar
Quero gozar em rimar
Porra. Como é difícil controlar meu lápis.
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"Rimo como faço finta". Nossa, concordo! Dá até invejinha, sério. rsrs
ResponderExcluirMas fora as rimas, eu me perdi, realmente não compreendi do que fala o poema. Sua inteligência superior me deixou subestimado.
É um repente, aqueles desafios de rima, onde dois homens jogam, tipo Caju e Castanha. Mas aqui, eu coloquei o fraseado de um homem só... como se fosse o início de um grande desafio, sei lá...
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