sábado, 31 de dezembro de 2011

Feito Reféns




Desalinho de amor latente.
Avassala e dói.
Esfacela sem dó meu peito
a fio de navalha.
Conjurada é a paixão, dantesca.
O orgulho corrói.
Subjuga feito um lacaio
meu ser-migalha.

Amando-te.
Enlouquecidamente.
Inconsequentemente.
Assaz veloz e rente
seu peito ao meu.

E o ardor físico anestesia a sofreguidão.
E é mais difícil o passar do tempo, o dizer que não.
Gozamos juntos e o desespero foi mais que vão.

Eternos reféns por conveniência, de tudo isso.

2 comentários:

  1. Seu melhor poema em muito tempo. Você voltou! Êêêê!! kkk Essa poesia é a síntese do que você é como artista, e também é um ótimo poema de amor.

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  2. Ai, Paulo Júnior, vc sempre pecando pelos excessos. Modéstia a parte, foi bom, rs.

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