terça-feira, 25 de agosto de 2009

Poema de um ébrio




Precisamos de muito pouco pra sermos felizes.

Nos basta uma esferoferográfica velha
e o bom e velho copo de vinho
pra que o mundo todo se traduza em alegria intensa.

Um gostoso encontro com amigos de muita longa data
e uma folha de papel, com pautas ou sem,
pra que um bebum apaixonado pela vida
faça-se entregar de bom grado ao mundo, em registro.

Mesmo que não o amem
com tanta intensidade quanto há
na força e na dedicação contidas nessas linhas,
a ele basta.

Lhe basta o privilégio de poder amar.
INCONDICIONALMENTE!

Mesmo no escuro.
Ao som de músicas que embalam
a curta vida de um ébrio,
ele se ispira.
Apenas por cogitar a possibilidade
de que seus versos toquem o coração de alguém.

Àqueles que vos ama, dirá:
-Vos amo!
Àqueles que não vos ama, dirá:
-Vos amo, também!

Pois mesmo o sentimento de ódio
está envolto pelo amor incontido,
ganancioso, representado pela inveja.

Agora, bem agora
que a névoa da embriaguez se dissipou,
junto à minha imaginação,
o reconheço.

Esse eterno poeta sou eu,
que me fiz envolto, obscuro, secreto,
justo por não querer me identificar
num mundo em que todos sentem medo de dizer
o quanto amam a vida.

16/07/2009, por José Henrique, não mais tão bêbado assim, numa noite de inverno.

4 comentários:

  1. Incrível! MUITO intenso!!!

    **Obs.: Vc estava bêbado mesmo? Vc está tão sóbrio que não pareceu. ***

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  2. Kkk.
    Tava sim, um pudim de cachaça.

    E Vivas!!!!!!!
    PJ está de volta!!!

    Senti sua falta, seu nanico!!!!


    Abração...

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  3. obrigada pela visita! és mto bem vindo! volte sempre, pq agora vou visitar aqui sempre... estou lendo e adorando!
    obrigada
    beijo

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  4. Q isso!! Visita mesmo...
    Seu blog tb tah mto legal...

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