Num pensamento reticente de inquietude,
de incompletude, o revés do amor.
Numa noite sombria me deito.
Com navalhas cortantes de fúria
servindo de travesseiro.
E o desespero como cobertor.
E não há meio de não me prender.
De não me enclausurar por detrás dessas grades limitadoras
que norteiam minha existência com o fracasso.
O doce pensamento de fracasso,
que no meu íntimo deixa chagas destruidoras.
E o mais impressionante
é que, no meu masoquismo doentio,
permito-me sofrer.
Deixando-me levar
com uma apatia demente.
Parece que, de bom grado
Decido parar de lutar.
Mesmo sabendo que assim
alieno meu inconsciente.
Zé, vc varia muito os temas dos seus poemas, isso é uma coisa muito legal, muito baca, muito interessante. E vc sabe usar todos os temas a seu favor, com muita propriedade, a maioria com muita intensidade.
ResponderExcluirAiai...
ResponderExcluirFalou o que não sabe escrever, decerto, neh??
Vc eh q eh Mara, PJ!!!
Aliás, nós somos Mara!!!