sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

Preferível o caos

Como pode alguém gostar
tanto assim de outro alguém?
Como podem ultrapassar
dessa forma aquele outrem?

Aquele outrem é o sentimento
egoísta, o amor próprio.
Individualidade.
Doce ópio.

Deslumbrantes sensações
sexualmente apetecíveis
enfatizadas notoriamente
sem observações.

Sem prescrições.
Uso exagerado.
Overdose de paixões.
Amor descompassado.

Preferível seria o caos
que no ócio de seu desconjunto
mistura pensamentos maus
a toda a falta de assunto.

Então, de repente, explode
cegando a tudo e a todos.
Não apenas aquele outrem
submisso, lama e lodo.

Façamos então assim:
esqueçamos desse assunto.
Pois filosofar sobre o amor
não caberia, aqui, no poema,
não caberia, aqui, no caderno,
não caberia no refrão
de nehuma canção.
Nem mesmo no do bolero.

3 comentários:

  1. Pra te falar a verdade, eu não entendi muito desse não. Mas falar sobre amor é falar sobre coisas incompreensíveis mesmo. Além do mais, olha o nome: caos.

    ResponderExcluir
  2. Mas ficou mto bom! Bastante variado, ótimo uso de palavras!

    ResponderExcluir
  3. Valeu pj...

    Ele fala q pelo fato do amor ser tão incompreensível, ás vezes o caos seria preferível...
    (Nossa, quanto 'ível') rsrsrsrs

    Abraço...

    ResponderExcluir

pessoas criticaram o poeteiro