segunda-feira, 27 de janeiro de 2014

RAIO!






Trata-me, como te trata o majestoso sol.
Me dê viço com o raio de teu beijo.
Doure minha pele, com besteiras ao pé do ouvido.
Me queime, com feroz excitação.

E deixe que nos envolvamos, sem filtros.
Que nosso tempo nunca nuble.
E que bons ventos nos acalantem, depois do gozo.

Não sou teu Hélio, mas sou teu José.
E quero teu centrismo.
Quero que me inebrie com a luz de teu existir.

Pra sempre, seu.
Em volta de ti.
Nosso amor, num ritmado movimento de translação.


sábado, 4 de janeiro de 2014

Um pequeno poema pra um pequeno amor



Tenho pensado em você.
Tenho pensado em nós dois.
Tenho pensado no antes
e no que se deu depois.
Tenho pensado no amor.

Tenho pensado em seus olhos.
Tenho pensado em seus beijos.
Tenho pensado em promessas
e em todos os desejos.
Tenho pensado, e fraquejo.

Você não precisava ter me hipnotizado, com um mirar tão doce.
Você não precisava ter me dito que eu seria o seu primeiro namorado.
Você só precisava me dizer que ainda não estava preparado.
Você não deveria ter me enfeitiçado,
pra depois fugir.
Fugindo de si mesmo, a me fazer refém.

Não nego.
A pressão é enervante, eu sei.
Chega a ser enregelante, nunca o neguei.
Mas bem sabes que estendi-lhe a mão.
Te esperaria mesmo sem razão.

Motivado pela única promessa do teu beijo, outra vez.




quinta-feira, 2 de janeiro de 2014

Num ato só



O momento da nudez.
O momento em que despimo-nos de nossas roupas, e de nossas vergonhas.
O momento em que esquecemo-nos de todas as nossas verdades enfadonhas.
O momento em que somos corpo.
E queremos corpo.
O momento de nossos deliciosos suspiros lascivos.

O momento em que minha boca resvala em seu queixo, ardilosamente.
O momento em que suas mãos arranham minhas nádegas, libidinosamente.
O momento no qual enlouqueço, ao senti-lo pulsar,
na grandiosidade de seu baixo ventre.

E o que mais quero nesse momento é poder degustá-lo, com minha língua.
Quero mesmo fazer de meus lábios teu eterno aconchego.
Quero que me sintas por completo.

Sujo e angelical, num ato só.
Um pervertido de escrúpulo menor.
Um homem apaixonadamente entregue, e só.

Ademais, quero apenas me prender no emaranhar de seus cabelos.
Sentir o viço de teu corpo jovem, ombros nos ombros.
Teu umbigo no limite inferior de minha coluna cervical.

Uau!

E que o gozo seja pleno. E que nos vicie.