sábado, 26 de novembro de 2011

Once More



Mais um natal se aproxima.
Com as ruas apinhadas de luzes,
transbordando de enfeites.
Cores vivas e berrantes.

Só meu coração permanece ainda em branco e preto.

E penso que Noel não me trará, em seu trenó, meu tão esperado presente.
Você só pra mim.

Só me pergunto por quanto tempo mais.

quarta-feira, 23 de novembro de 2011

Errata



Não quero mais olhar pra você.
Não quero mais poder te querer,
mas meus sentimentos me traem.

Não é que eu goste assim de sofrer.
Mas é só me encontrar com você,
que os temores todos se esvaem.

Entredentes, revelo-te todos aqueles meus segredos mais íntimos.
Mesmo que depois de tal feita perceba-te afastar-se de mim.

Entrementes, me puno por conter o orgulho e o amor-próprio tão ínfimos.
Contentando-me com sua proximidade, seus gestos de amizade sem fim.

Seria tão mais fácil se esse amor que sinto pudesse ser reformulado...

sexta-feira, 18 de novembro de 2011

Pirando !!!



Agora me comporto como um tremendo babaca,
passando vagarosamente em frente à sua porta
em busca de um vislumbre.
Um ruído.
Um olhar de soslaio por cima do muro.
Um aceno.

Até quando não me convencerei
de que o mais certo é que
nossa relação não passe disso?

Amizade por conveniência.

Convenhamos.
A paixão nos torna patéticos.

quarta-feira, 16 de novembro de 2011

# # # # # !!!



E essa dor aguda que massacra meu peito?
E esse ódio tolo que sinto de mim mesmo?
Será que eu preciso te amar desse jeito?
Será que de outra forma viveria eu a esmo?

Sei bem que te contentas em me ter como amigo.
Sei bem que não sentes a mesma coisa por mim.
Não sei é se o amor que eu carrego comigo
suportará a angústia de te ter só assim.

Relancear seus olhares amistosos.
Seu sorriso patético.
E conseguir não desmoronar.

Não ceder às suas envolventes e atormentadoras provocações.

Não enlouquecer, com seu distante "talvez".

Tá bom.
Até parece que eu já não vi esse filme.

VERGONHA!!!



Senhoras e senhores!
Tirem as crianças da sala!
O gay comedor de criancinhas acabou de chegar.

Tirem as crianças da sala.
Da frente dos computadores
e dos televisores.

Melhor ainda.
Tirem as crianças da tomada.
Desligadas, correm menos risco de serem defloradas
por essas criaturas odiosas.

Bem, melhor eu maneirar no melodrama,
quando quizer parecer irônico.
Mas enfim, vamos esclarecer o dramalhão.

A questão é a seguinte:
É saudável conversar com uma garota de quinze anos, sobre namoricos?
Sobre beijos na boca, coisas normais de adolescente, que afloram na puberdade?

A resposta é não, se você for homoafetivo.
Se isso acontece, você passa, por exemplo, de um primo exemplar, que sempre foi admirado,
para um pedófilo promíscuo, que quer aliciar uma menor de idade.

Justo por falar sobre "ficantes".

Acho eu que a titia educadora faltou numa aula.
O medo que motivou suas atitudes é totalmente dispensável.
Não são necessárias cartilhas que ensinem alguém a ser gay.
Quando a pessoa é, ela é, simplesmente.
Não se trata de alguém que enfia isso na cabeça dela.

Mas quem sou eu pra questionar as atitudes de uma mãe.
Cada um cria seus filhos como achar conveniente.
Mas isso não significa que eu precise concordar, alheio.

Meu silêncio não se dá por comedimento.
Menos ainda por consternação.

É só mesmo por não querer mais jogar pérolas aos porcos.

terça-feira, 8 de novembro de 2011

Viva a Jacotinha!



J á dizia o sábio, que

A migos são como pérolas, as

Q uais devemos dar

U m imenso valor.

E u encontrei minha pérola.

L inda, e deliciosamente encantadora, em sua

I mperfeição

N unca me cansarei de ser imperfeito, e errar com você, amiga.

E spero que ainda façamos muita besteira junto.



A ntes que eu me desse conta

M eu coração já estava entregue, então...

O nde quer que você esteja, pode saber



V ou te atormentar até em pensamento

O nde estiver.

C om toda certeza, lhe digo, você

E uma das poucas raxas que não me dão nojinho!

Kkkkk. Te amo, Jacotinha!!

Desconserto de amar-te



Se me lanças esse olhar de novo,
não respondo mais por mim.

Sua doce timidez me desconserta,
me desarmando do recato e da
livre consciência de meus atos.

Sua voz firme, e ternamente entregue
e seu sorriso largo
só me fazem ter a mais plena certeza
de que meu encontro contigo
foi providencial.

Desígnio divino.

A mim, reles mortal, me resta agora
fazer-te perceber-me de tal forma, também.

Pra entregar-mo-nos, juntos
a mais que um carinho de amigo.

segunda-feira, 7 de novembro de 2011

Sofreguidão



Que desatino imenso, amar-te insanamente assim.

Como se não me importasse em dispor meu coração a ti, pra que pudesses fatiá-lo em mil.

Sem nem mesmo ter a certeza de que correspondes a mim.

Sigo devotando-lhe o máximo do meu carinho, noites a fio.

Parece-me que me contento em tê-lo como amigo apenas.

Quando juntos a noite, até mesmo te apresento a outrem.

Mas sei que isso é, a mim, uma prova, de duras penas.

Se dependesse só do meu gosto, serias meu, de mais ninguém.

Antes eu ter morrido sem saber, dessa dor que desatina sem doer, do sábio Camões.

Por um fio



É tão estranho.
Se sentir ligeiramente contente, no limiar do quase.

Com medo de ousar demais, me deixo ficar.
Pra que o objeto do meu mais profundo desejo não escape entre os dedos.

Por um fio.

Por um fio não me atirei nos seus braços,
talvez pondo tudo a perder.

Ou talvez não.

Incerteza inquietante.
Acabando com meus neurônios
e pondo meu coração em prova.

Será que escaparei ileso?