sexta-feira, 15 de julho de 2011

Libertos



Queria poder me lembrar, com exatidão
de todas as palavras proferidas, nos momentos de tensão.
Pra poder me desculpar, do fundo de minh’alma
por todo o mal que lhe causei.

Que toda a beleza que há no mundo
Seja capaz de guiar-te, ao caminho do perdão.

Todos os erros que cometi começaram de um instinto obcessivo de proteção.


Proteger-te do mal das palavras alheias.
Proteger-te dos olhares de asco, das críticas odiosas, do caos.

Privar-te de toda a incompreensão, causada por todos aqueles que não sabem compreender a plenitude do belo.

A plenitude do mais cálido e fervoroso amor.
E da mais inebriante entrega.

E daí se esse amor é compartilhado por dois homens?
E daí, se seremos felizes para sempre, marido, e marido?
E daí, se seus pais nos flagraram em meio a uma casta manifestação de carinho?
A verdade tinha mesmo que ser dita, de uma forma ou de outra.

Estamos, enfim, libertos.
Vivamos, então, nosso conto de príncipes.

4 comentários:

  1. Nossa primo, lindo o poema e você gastou no portugues hein rsss, bjs da prima Mel!

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  2. Então, prima...
    gastei msm, viu soh?? Rsrsrs
    Brigadão pela presença constante,

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  3. Adoro como seus poemas às vezes são rebuscados, parece q são até de outra época! E o amor é isso, né, voltar no tempo, virar criança de novo...

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  4. Hehehe...
    Com certeza, o amor nos deixa inocentes, de uma maneira mesmo pueril.

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