segunda-feira, 18 de maio de 2009

A ti, amor meu...

A vida me fez apaixonar
por aquela que pensei ser a última quimera.
Num ato louco eu quiz lhe entregar
amor tão bestial, que a outra não quisera.

E desde o primeiro vislumbrar
notei em seu olhar algo que me surpreendeu.
Parece-me que foi feito pra amar
mas ainda não nota que o meu lhe correspondeu.

Mesmo que, num surto de recato, tenha que lhe esperar,
assim o faço.
Vejo em ti uma doce timidez que já me pertenceu.
E por todos infortúnios e castigos que tiver que passar,
passo.
Basta-me que, no final, seu sorriso seja meu.

E que eu sempre possa lhe escrever recados.
E que eu sempre possa pedir-lhe a indicar-me livros.
E que eu sempre possa querer-te, infortunado.
E que eu sempre possa querer ter você comigo.

Até que o seu olhar perceba o meu.
E até que o seu olhar se entregue ao meu.
Sempre te espero.

2 comentários:

  1. Interessante. Raros os seus poemas com rima. A maioria das pessoas, eu acho, pensa que poesia tem que ter rima. Então eu acho que esse tem mais chance de ser "aceito" do que seus outros.

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  2. É. E eu raramente faço poema com rimas, mesmo.
    Sei lá, tento fugir daquela concepção engessada que tinham os poetas clássicos, parnasianos, e tals...

    ...mas tb não sou nenhum Ferreirta Gullar da vida, écu... hehehe.

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