quarta-feira, 11 de fevereiro de 2015

Tiro de Letra



Aquela vontade que dá, de escrever poesia.
Aquela vontade de abraço de mundo.
Aquele tesão de mergulho profundo.
Aquele frisson de suspiro de alma.

Aquele meu eu trovador.
Que prova de tudo.
De gozo e de dor.
Se estorva confuso.
Por querer amor.
Dá do seu, mas nem sempre tem
Na boca o gosto doce da reciprocidade.

Mas com que idade?
Com que idade “poemifiquei-me”?
Que vaidade veio me abrasar?
Acho que desde sempre, poeta desde respirar.

Vem palavra, vem me abraçar.
Me amassa e arregaça o desamor.
Joga fora o que é tristeza e dissabor.

Me dá de presente tua alegria de letra.


Aquele sorriso, fiel regozijo de ser escrevente.

2 comentários:

  1. Eu acho tão lindo e comovente o seu amor por escrever poesia. É muito difícil atingir o nível de metalinguagem atingido nesse poema, fazendo uma boa poesia pra elogiar poesia. Ficou excelente!

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  2. Hehehe... valeu, mocinho. Então, eu amo escrever. E amo escrever sobre escrever... rs. Que ladainha que isso vira, né? Rs.

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