quinta-feira, 14 de novembro de 2013

Palavreando



Venha até mim, palavra tímida.
Saia de minha mente, e explicita-te.
Brindando-me com o encanto de teus significados.

Faça poesia da luz dos olhos.
Crie odes inspiradas em amores.
Disserta-te, descreva-te, se faça lida.

Deixe-me saborear da doce consistência de teus versos.
Quero deitar-me no teu parágrafo de nuvem.
Atirar-me do precipício de teus apostos.

Rezar tuas orações.
Bailar com teus refrões.
Gozar de tua metalinguística.

Quero de ti, a alteridade entregue de me traduzir, palavra.


2 comentários:

  1. Que delícia de ler!
    É como um descanso do resto do meu dia.
    Você escreve com um gosto, uma vontade, que toca!
    O seu amor pela escrita é uma paixão que queima quem lê.

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  2. Sensibilidade premiada a sua. Não são todos que se sentem tocados com uma poesia, hoje em dia. Ainda bem que somos privilegiados, eu também, com os seus escritos. Realmente amo muito escrever. Quando tive a ideia do "parágrafo de nuvem", fiquei todo arrepiado, e me veio água nos olhos... rs.

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