domingo, 1 de maio de 2011
Receita de um poema bem sucedido
Outro quase-poema
quase me sái.
E se me escapa!
Ha! Coitadinho dele.
Eu não iria querer
Fazer parte dos seus versos.
Quero, antes, a poesia dantesca.
A poesia viva.
A poesia dos bordéis e das tavernas funestas.
A poesia que deixa-se metamorfosear,
beirando tanto o céu quanto o inferno.
Como se as palavras contidas em suas linhas
bebericassem do rum de piratas sem nenhum juízo aparente.
Que Drummond me ajude a tirá-las do estado de dicionário.
Ei-las, transformando-se em poema.
Anseios de um jovem de meia-idade
Às vezes me canso.
Às vezes tudo parece tão...
... Insuportavelmente difícil!
Parece-me que todos já não mais me compreendem.
O mundo todo não mais me compreende.
E é como se eu cometesse um crime
Num júri em que não existisse o advogado do diabo.
Que se dane se pareço caxias.
Eu anseio e espero por alguém só pra mim,
Um homem perfeito pra um homem imperfeito.
Por quantos outonos esperarei?
Se for a meu gosto,
Até que Peter Pan complete 500 anos.
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